Consiste na saída do feto do útero materno para o exterior. Em regra, este é feito de um modo natural, sem intervenção cirúrgica, denominando-se parto normal. Caso contrário, será chamado de cesárea (cesariana).
Nas semanas que antecedem o parto, o corpo já produz menos progesterona, aumentando o nível de outras hormonas. As prostaglandinas segregadas amaciam o colo do útero e a ocitocina provoca as contrações uterinas, que nesta altura são irregulares e não provocam dor, deixando a barriga dura.
Dias antes do parto ou mesmo horas antes deste, dá-se a expulsão do rolhão mucoso, que não é mais do que a eliminação pela vagina, de um muco gelatinoso, de cor acastanhada ou rosada, dando informação à mãe que o nascimento está para breve.
Na primeira fase do trabalho de parto, a mulher começa a ter cerca de 2 contrações ritmadas e dolorosas, a cada 10 minutos, cada uma com duração de, aproximadamente, 40 segundos, aumentando a sua intensidade e frequência, quando se aproxima a hora de expulsar o feto. Isto deve-se a ação dos músculos uterinos que se contraem e relaxam, empurrando o bebê para baixo, além de fazerem a dilatação do colo do útero. Nesta altura, a grávida deverá contatar o seu médico assistente ou dirigir-se ao hospital da sua área de residência.
Na maior parte das vezes, dá-se a rutura do saco amniótico, que é uma membrana que envolve o bebê e que contém também o líquido amniótico. A este processo chama-se, vulgarmente, o rebentar das águas, dando-se a expulsão deste líquido para o exterior, em grandes quantidades ou aos poucos, como se se tratasse de perdas de urina. O líquido amniótico é um líquido claro e transparente. Quando isto ocorre, a grávida deverá dirigir-se ao hospital da sua área de residência o mais rápido possível.
Com as contrações mais frequentes e dolorosas, o colo do útero dilata ainda mais e torna-se mais fino. Quando a dilatação atinge os 4cm, a grávida encontra-se na fase ativa do trabalho de parto. O colo uterino vai abrindo com a força das contrações até atingir os 10cm de diâmetro.
Numa segunda fase, com as contrações uterinas mais intensas e os esforços voluntários da mãe, começa a expulsão do feto. O colo do útero encontra-se completamente dilatado e a juntar-se aos restantes esforços, começa a contração do diafragma e da parede abdominal, expulsando finalmente o bebê para o exterior.
Normalmente, a primeira parte do corpo do bebê a sair é a cabeça (apresentação cefálica), mas pode ocorrer primeiro a saída dos pés ou nádegas (apresentação pélvica).
A duração do trabalho de parto varia, de mulher para mulher, e consoante é o primeiro filho ou não. Em média, dura cerca de 12h para mulheres cujo parto é o primeiro e cerca de 8h em mulheres que já têm filhos.
A terceira fase do parto consiste no desprendimento e saída da placenta e membranas, após o nascimento. Este desprendimento ocorre até 30min após expulsão do feto e dá-se devido à diminuição das contrações uterinas que diminuem o volume do útero, aumentando a espessura da parede muscular. Poderá ser necessária a intervenção de pessoal médico assistente para a sua remoção.
Num parto sem problemas, o útero apresentar-se-á normal e firmemente contraído passado uma hora, após a saída da placenta.A quarta fase do parto refere-se ao período imediatamente a seguir à saída da placenta, e é onde ocorrem processos hemostáticos importantes, essenciais para impedir o sangramento excessivo.
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