A ansiedade é uma emoção que pode ser expressada de formas diferentes, de forma física ou emocional, mas baseada no medo ou receio sobre um ou mais eventos. Tem vindo a ser cada vez mais consensual que as vivências de cada um e os problemas que surjam na primeira infância, possam ser importantes fatores causadores de ansiedade, quer na fase de crescimento quer na fase adulta.
Entenda-se que, um certo nível de pressão pode até gerar mais motivação e atenção numa criança. Mas quando essa pressão é exercida de forma excessiva numa criança que já se encontra no seu máximo de esforço, torna-se extremamente negativa.
As pressões exercidas pela sociedade sobre os pais, e consequentemente, sobre as crianças, já obriga a que a criança tenha que amadurecer mais precocemente do que seria ideal.
A maioria das crianças não são capazes de lidar com um nível de stress tão elevado, o que faz delas crianças demasiado ansiosas, cuja produtividade e desenvolvimento cai consideravelmente.
É frequente que crianças muito pressionadas manifestem sintomas físicos tais como dores de cabeça, de estômago, taquicardia e falta de ar. Uma criança exageradamente ansiosa, torna-se medrosa, tensa, extremamente preocupada perante situações simples de resolver, e facilmente se isolará das outras crianças e adultos. Este tipo de ansiedade, se não tratada adequadamente poderá resultar em depressão.
Mas não só a pressão exercida, propositadamente, pelos pais ou outros adultos próximos da criança, podem provocar este tipo de stress e ansiedade nas crianças.
Um estudo efetuado por um grupo de investigadores do John Hopkins Children’s Center, nos EUA, verificou que pais com distúrbios de ansiedade social terão uma maior probabilidade de ter filhos com uma maior nível de stress e/ou ansiedade. Estudos anteriores já tinham comprovado a relação entre a ansiedade dos pais e a dos filhos.
Mas este novo estudo veio revelar que pais com ansiedade social eram pais menos carinhosos e mais críticos com os seus filhos. Como resultado, estas crianças tornavam-se mais ansiosas.
Apesar de os mesmos investigadores afirmarem que a ansiedade resulta não só de fatores ambientais como também de fatores genéticos, estes podem ser atenuados de modo a diminuir ou impedir a ansiedade exacerbada dos filhos. É pois fundamental que os pais estejam atentos aos seus próprios comportamentos, de modo a não despoletarem comportamentos ansiosos exagerados nos seus próprios filhos.
Recorde-se que é função dos pais fazer cumprir as obrigações dos filhos e fazê-los compreender o mundo em que vivem, mas uma pressão exagerada pela execução das suas tarefas, críticas excessivas a tudo o que fazem e alarmismos desnecessários sobre tudo o que os rodeia só irão prejudicar o seu filho.
Lembre-se que atitudes extremas raramente dão bons resultados. O equilíbrio na vida de uma criança é um fator essencial para que o seu filho se torne um adulto saudável e feliz!
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