Um estudo da Universidade do Québec, no Canadá, revela que a agressividade manifestada por crianças numa fase intermédia da sua infância só é, em parte, justificada pela genética e significativamente influenciada pelo meio ambiente.
Este estudo contou com a participação de 217 pares de gémeos idênticos e fraternos, colocados em salas de aulas com colegas e professores diferentes.
Verificou-se que as crianças geneticamente mais susceptíveis de serem agressivas e consequentemente, mais sujeitas a serem vítimas dos colegas, poderiam ver esse efeito contrariado se existisse uma boa relação com o seu professor.
Através deste estudo foi possível concluir que as relações estabelecidas pelas crianças com os seus professores, e também com os colegas, são fundamentais para o desenvolvimento sócio-comportamental destas. Um bom relacionamento com o professor pode evitar ou diminuir a agressividade numa criança e impedir que elas mesmo sejam alvo do comportamento agressivo de outras crianças.
A título informativo…
Os gémeos idênticos resultam da fertilização de um único óvulo por um espermatozóide, que se divide em duas partes idênticas após a sua implantação no útero. Estes terão o mesmo sexo e aparência física.
Os gémeos fraternos são os que derivam da fertilização de dois óvulos por dois espermatozóides, partilhando até 50% da informação genética, e podendo ou não ser do mesmo sexo. Apesar de raro, é possível que gémeos fraternos tenham pais completamente diferentes (espermatozóides de diferentes indivíduos).
|